DIBO CUBA ESCREVE CRÔNICA SOBRE GUIMARÃES
Parabéns Guimarães, parabéns minha terra amada, parabéns a TI que me moldou na fôrma do teu barro, que formou toda a minha essência e me mostrou as mais impactanantes imagens de luz e de amor, que me marcaram como cicatrizes, quando, no ano de 1952, o barco do meu pai atracou no teu porto, vindo de Cedral, onde mamãe era professora e decidiu-se mudar para a Sede, com o propósito dar melhor condição de vida aos seus filhos.
Éramos eu, minha mãe, Carmelita (in nemorian), meu pai, Dibo Amorim Cuba (in memorian), Bendito (in memorian), Maria Lucia e José Jorge, de colo. A maré estava cheia, rente ao cais. Ao saltar, eu, assustado ou, talvez, embevecido, olhava extasiado uns postes de madeiras, retorcidos e, nos seus topos, luzes protegidas por um objeto em forma de prato esmaltado, de duas cores: verde e branco.
Para completar o cenário, uma voz, vinda não sei de onde, cantava a Ave Maria.
Foi assim que me recebeste, oh minha amada Guimarães!, com essa ode à felicidade, que jamais encontrei em nenhum lugar por onde, até hoje andei.
Muito obrigado
Dibo Amorim Cuba Filho
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